- Aves de Rapina - Exposição de Fotografia de José Freitas
Aves de Rapina - Exposição de Fotografia de José Freitas

De 2 de outubro a 18 de novembro, a Central das Artes acolhe a Exposição de Fotografia "Aves de Rapina" de José Freitas.
As aves de rapina estão no topo da cadeia alimentar, na avifauna. São carnívoras e predadoras por excelência. Quase todas são especializadas na captura de um tipo de animal ou de um tipo de grupo. Usam, por isso, técnicas de caça muito diferentes, de acordo com os animais e aves que caçam, contribuindo de forma muito importante para o controlo fitossanitário dos campos e das zonas urbanas.
As aves de rapina caracterizam-se, sobretudo, pelo bico recurvado e pontiagudo, garras fortes e uma excelente visão de curto e longo alcance. Em Portugal podemos ver aves de rapina de três ordens distintas, as quais englobam cinco famílias:
- Ordem Falconiformes - Família Falconidae (falcões, ógeas, esmerilhões, peneireiros)
- Ordem Accipitriformes:
- Família Pandionidae (águia-pesqueira)
- Familia Accipitridae (águias, açores, bútios, gaviões, tartaranhões, abutres, milhafres, peneireiro cinzento)
- Ordem Strigiformes:
- Família Strigidae (bufos, corujas, mochos)
- Família Tytonidae (coruja das torres)
Esta exposição pretende não só mostrar a beleza destas aves, mas também alertar para a importância da sua preservação e para o seu papel determinante no equilíbrio e conservação dos ecossistemas.
As aves de rapina estão de um modo geral sob forte ameaça, quer pela escassez de presas e perda de habitat, quer pela alteração de práticas agrícolas, quer ainda pela continuada perseguição de que sempre foram vítimas. A eletrocussão em linhas de média tensão (sobretudo), a morte a tiro e o envenenamento são algumas das principais causa de morte.
Até aos anos 70, consideradas espécies nocivas, era incentivado o seu abate. Atualmente, todas estão protegidas pela Lei. Algumas espécies recuperaram da quase extinção e encontram-se até em expansão, devido sobretudo, a projetos de conservação. Outras estão em forte declínio e a caminho de uma possível extinção em Portugal.
José Freitas
José Freitas, nasceu em Montalegre em 1962. Vive desde que se conhece em Santarém, não renegando a sua origem transmontana. Desde muito cedo apaixonado pela fotografia e por viagens, foi em 2012 que começou a gastar os minutos livres na fotografia de natureza, sobretudo da avifauna, em Portugal e em outros lugares. Com mais de trezentas espécies de aves fotografadas em Portugal, fá-lo por paixão e como meio de divulgar a natureza, contribuindo para a sua preservação.
É autor dos livros “Aves no Ribatejo” e “Aves no Ribatejo e Alentejo”, sendo coautor de outros, tendo também cedido fotos para vários livros e guias. Realizou inúmeras exposições individuais com o tema da avifauna. Amigo do ambiente, colabora regularmente em ações e projetos no âmbito do estudo, proteção e divulgação da natureza.
Desalinhado por convicção, acredita na ciência cidadã como forma de agir. O pouco que cada um faz, é uma parte importante do todo que é preciso fazer. Tem no Rio Tejo, sempre que pode, o seu habitat preferido.
Todos os dias: 10h00 – 12h30 | 14h00 – 17h30
Entradas gratuitas.