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Estrada Romana - Alqueidão da Serra
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Estrada Romana - Alqueidão da Serra |
Em época romana, surge uma rede de vias terrestres com o objetivo primordial de facilitar a progressão dos exércitos, no processo de conquista dos territórios. Num segundo momento, as vias tiveram um papel fundamental na administração de cada região e em questões tão práticas como a afluência de impostos às capitais provinciais e do império. Por elas circulavam bens, pessoas e ideias, afirmando o modo de vida romano, bem patente nas técnicas e nos materiais de construção, na cerâmica e nos hábitos funerários que as populações conquistadas adotaram, um processo designado por Romanização.
Tal como hoje, a rede viária romana era hierarquizada. As grandes artérias do império organizavam-se a partir de Roma e, destas, saíam ramificações de importância cada vez mais localizada. Nem todas eram calcetadas. Esta construção mais robusta era utilizada, de forma preferencial, em zonas nobres, à entrada de cidades e nos arruamentos urbanos, nas vias principais e nas zonas onde o declive acentuado a isso obrigava. Quanto à largura, esta variava em função da importância ou das curvas, onde se exigia maiores dimensões, para facilitar o cruzamento de veículos. As vias principais tinham marcos miliários, uma coluna de pedra assim chamada por aí constarem as distâncias em milhas romanas (1418 metros) e onde também se registavam informações específicas, como a autoria da construção ou de beneficências.
A via romana de Alqueidão da Serra
No Litoral do atual território português, o principal itinerário entre os dois grandes centros urbanos de então, Olisipo (Lisboa) e Bracara Augusta (Braga), desenvolvia-se pelo Vale do Tejo, passando por Scallabis (Santarém) e Sellium (Tomar), convergindo para Conimbriga (Condeixa). Na região a oeste do Maciço Calcário Estremenho, onde nos situamos, existia outra via que bordejava o oceano, também vinda de Olisipo e que passava por Eburobrittium (Óbidos) e Collipo (S. sebastião do Freixo, Batalha), reencontrando a primeira em Conimbriga.
Entre as duas, outras vias, de caráter secundário, atravessavam as Serras de Aire e Candeeiros, ligando entre si o Médio Tejo e o litoral estremenho, sendo esse o caso do monumento que presenciamos. Os vestígios romanos da região, como inscrições funerárias do século I, indicam que esta via pode situar-se no mesmo período ou recuar um pouco ao século I a. C., momento em que a região já se encontrava pacificada.
Nos trabalhos de restauro, uma área parcialmente destruída permitiu uma leitura estratigráfica (das várias camadas), onde se identificaram todos os elementos utilizados na construção. O Pavimentum (calçada) foi arquitetado sobre um colossal Podium em pedra, definido lateralmente por dois espessos muros e preenchido internamente por duas camadas distintas de pedra: o Statumen de calibre maior junto à base e o Rudus, de calibre inferior, colocado sobre este. As pedras da calçada, cuidadosamente imbricadas de cutelo, com Spina central e definidas lateralmente por lajes maiores (Acera), assentavam diretamente sobre uma camada de argila e cascalho fino (Nucleus). A extensão que sobrevive tem 370 m, embora os primeiros 150 sejam os mais bem conservados. A largura média é de 4 m. Desta via, são conhecidos vestígios isolados entre Alqueidão da Serra e Vales, em direção a Porto de Mós.
Este monumento é dos mais belos e exemplificativos da sua tipologia na região, constituindo um apelo à visita e à fruição de um legado histórico pleno de significado para quem por aqui passa e para quem com ele convive desde sempre.
Serviço Educativo
Visitas Orientadas
Descrição: Visitas que pretendem dar a conhecer a história e importância da Via Romana.
A quem se destina: grupos de crianças, jovens, adultos e públicos com necessidades educativas especiais, com número igual ou superior a 10 participantes.
Reservas e informações: castelo@municipio-portodemos.pt |244 499 651
Oficinas Lúdico-Pedagógicas
Descrição: Desenho e pintura de figuras alusivas à história da época romana. Realização de atividades e fichas educativas temáticas, tais como:
• Os Números Romanos
• Como se Constrói um Mosaico Romano
• Decora o teu Elmo
• Faz a tua Coroa Triunfal
A quem se destina: alunos do 1º, 2º e 3º ciclos.
Reservas e informações: castelo@municipio-portodemos.pt |244 499 651
Jogos diversos:
Descrição:
• Como se brincava na época romana?
• Jogos de tabuleiro – Par e Ímpar, Ossinhos.
• Moedas – Rosto de Jano ou Navio.
A quem se destina: alunos do 1º, 2º e 3º ciclos.
Reservas e informações: castelo@municipio-portodemos.pt |244 499 651
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