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Peça do Mês de Novembro
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Denominação: Jornal “Excelsior”
Datação: ”Domingo 11 de março de 1917”
Material: papel
Medidas (cm): 56x37,5
Doador: Tiago Martins, Barrenta, Porto de Mós
N.º de Inventário: 2732
Não é a primeira vez que evocamos neste espaço a I Guerra Mundial, conflito onde muitos portomosenses participaram e alguns viriam a perder a vida (veja-se o monumento evocativo junto aos Paços do Concelho). Novembro é, tipicamente, um mês de recordar o primeiro grande conflito mundial. No dia 11 deste mês comemoram-se os 106 anos da data do encerramento das hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial, através da assinatura do tratado - Armistício de Compiègne.
Pensar na Grande Guerra evoca-nos um dos cenários da Guerra, nomeadamente França, onde não se esquece os filhos da terra, os nossos grandes heróis portomosenses que morreram durante a Grande Guerra, que se encontram lá sepultados, arrastados que foram para o desconhecido, para não mais voltar.
A História, elemento sempre presente no melhoramento do futuro, não a podemos esquecer. De forma a comemorarmos o Armistício de Compiègne, apresentamos o jornal Excelsior (criado em 16 de novembro de 1910 e encerrado em junho de 1940) onde a capa dá como destaque (imagem superior) os “Reforços portugueses chegam a Lisboa” “Um batalhão de infantaria, vindo das províncias, chega a uma estação de Lisboa. Vestidos de azul horizonte e com bonés que lembram os do exército britânico, equipados da forma mais moderna, as tropas portuguesas que pretendiam lutar ao lado dos Aliados foram (…) treinadas em Portugal, onde missões militares inglesas e francesas visitaram há vários meses. A força expedicionária fica sob o comando do General Tamagnini. Outras tropas cooperaram na conquista da África Oriental Alemã.”
Terminamos com versos que escrevera o combatente portomosense José Henriques Marcelino. Lermos é homenagear todos os seus colegas que não voltaram como ele.
(…)
Adeus lindo Portugal
Adeus minha mãe querida
Eu combatendo em França
Sujeito a perder a vida
Adeus linda mocidade
Adeus terra onde nasci
Para sempre já perdi
Os dias da liberdade
Bem contra a minha vontade
Deixei a terra natal
Tive que vir combater
Pois se eu porca morrer
Adeus lindo Portugal.
(…)
Cortesia do seu filho Emílio Marcelino.
Museu Municipal de Porto de Mós
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