Paços do Concelho

O edifício dos Paços de Concelho data dos finais do século XIX. Foi a 18 de novembro de 1887 que em reunião camarária se deu a conhecer a intenção de avançar para a construção de um novo edifício que pudesse albergar o Tribunal Judicial e demais repartições públicas do concelho.

A construção, que se prolongou por cerca de 20 anos, e que exigiu a expropriação de vários prédios, foi-se erguendo em paralelo com a nova traça desta zona, acompanhando o alargamento e o próprio calcetamento da Praça de São Pedro, atual Praça da República, e dos arruamentos adjacentes, necessitando que, em 1906, se apelasse a Sua Majestade a cedência de autorização para a venda das inscrições deste Município, no valor de 4.450.000 reis, para que se pudesse levar a efeito a conclusão dos trabalhos.

Assim, ao longo de décadas, esta casa recebeu os serviços da justiça e das diferentes repartições pública deste concelho, possibilitado pela configuração do próprio edifício que se desenvolve em duas alas completamente distintas e “simplesmente ligadas pela grande sala de espera...”, a partir da qual se estendem dois flancos caracterizados pela existência de vinte e dois vãos de janelas adornados por cantarias de “pedra branca e boa...”, com “...socos separados nas alturas (...) bem como capiteis e vergas curvas (...) de três peças”. Do lado direito, funcionou, então, o Tribunal Judicial e do lado esquerdo as várias repartições públicas, nas quais se inclui os Paços do Concelho.

Só na década de 70, com a construção do novo Palácio da Justiça, a nascente deste edifício, os serviços municipais passam a ocupar todo o edifício.

Ao longo dos anos foram sendo feitas algumas obras de conservação. Contudo, foi em 1999 que a intervenção mais significativa se efetuou, concedendo ao edifício as valências que atualmente oferece, respeitando-se as características exteriores do projeto inicial.

Fonte: Livros de Atas da Câmara Municipal